sexta-feira, 26 de junho de 2009

QUEM É JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES

QUEM É JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES


ESTA LEITURA, BEM COMO SUA REFLEXÃO, É OBRIGATÓRIA


Joaquim Barbosa: Por dizer a verdade

Análise política

Joaquim Benedito Barbosa Gomes é o nome dele.

Conhecido como Joaquim Barbosa, apenas, ele é ministro do
Supremo Tribunal Federal do Brasil desde 25 de junho de 2003,
quando nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o
único negro entre os atuais ministros do STF.

Joaquim Barbosa nasceu no município mineiro de Paracatu em 7 de
outubro de 1954 (54 anos), noroeste de Minas Gerais.

É o primogênito de oito filhos.

Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família
quando estes se separaram.

Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na
gráfica do Correio Brasiliense e terminou o segundo grau, sempre
estudando em colégio público.

Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília,
onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.

Prestou concurso público para Procurador da República e foi
aprovado.

Licenciou-se do cargo e foi estudar na França por quatro anos,
tendo obtido seu Mestrado em Direito Público pela Universidade
de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e seu Doutorado em Direito
Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1993.

Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor
concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Foi Visiting Scholar no Human Rights Institute da faculdade de
direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000), e
Visiting Scholar na Universidade da California, Los Angeles
School of Law (2002 a 2003).

Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na
Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É
fluente em francês, inglês e alemão.

O currículo do ministro do STF Joaquim Barbosa que vocês acabam
de ler foi extraído da Wikipédia, mas pode ser encontrado
facilmente nos arquivos dos órgãos oficiais do Estado Brasileiro.

“E o que mostra esse currículo?”, perguntarão vocês. Antes de
responder, quero dizer que o histórico de vida de Joaquim
Barbosa pesa muito neste caso, porque mostra que ele, à
diferença de seus pares, é alguém que chegou aonde chegou
lutando contra dificuldades imensas que os outros membros do STF
jamais sequer sonharam em enfrentar.

_Não se quer aceitar, nesse debate – ou melhor, a mídia, a
direita, o PSDB, o PFL, os Frias, os Marinho, os Civita não
querem aceitar –, que Joaquim Barbosa é um estranho no ninho
racialmente elitista que é o Supremo Tribunal Federal_, pois
esse negro filho de pedreiro do interior de Minas é apenas o
terceiro ministro negro da Corte em 102 anos, conforme a
Wikipédia, tendo sido precedido por Pedro Lessa (1907 a 1921) e
por Hermenegildo de Barros (1919 a 1937).

E quem é o STF hoje no Brasil? Acabamos de ver recentemente nos
casos Daniel Dantas, Eliana Tranchesi etc. É o que sempre foi: a
porta por onde os ricos escapam de seus crimes.

Joaquim Barbosa é isolado por seus pares pelo que é: negro de
origem pobre numa Corte quase que exclusivamente branca nos
últimos mais de cem anos, que julga uma maioria descomunal de
causas que beneficiam a elite branca e rica do país.

Sobre o que ele disse ao presidente do STF, Gilmar Mendes,
apenas repercutiu o que têm dito, em ampla maioria, juízes,
advogados, jornalistas, acadêmicos de toda parte do Brasil e do
mundo, que o atual presidente do Supremo, com suas polêmicas
midiáticas, com denúncias de grampos ilegais que não se
sustentam e que ele até já reconheceu que “podem” não ter
existido – depois de toda palhaçada que fez –, desserve à
instituição que preside e ao próprio conceito de Justiça.

Gilmar Mendes pareceu-me ter querido “pôr o negrinho em seu
lugar”, e este, altivo, enorme, colossal, respondeu-lhe, com
todas as letras, que não o confundisse com “um dos capangas” do
supremo presidente “em Mato Grosso”.

Falando nisso, a mídia poderia focar nesse ponto, sobre “Mato
Grosso”, mas preferiu o silêncio. Esperemos...

Finalmente, esse episódio revelou-se benigno para a nação, a meu
juízo, pois mostrou que ainda resta esperança para a Justiça
brasileira. Enquanto houver um só que enfrente uma luta
aparentemente desigual para si simplesmente para dizer o que
falam quase todos, porém sem que os poucos poderosos dêem
ouvidos, haverá esperança.

Enquanto um resistir, resistiremos todos.

Joaquim Barbosa é um estranho no ninho do STF, entre a elite
branca da nação, e está sendo combatido por isso e por
simplesmente dizer a verdade em meio a um mar de hipocrisia. O
Brasil inteiro sabe disso e essa talvez seja a verdade mais
importante, pois dará conseqüência aos fatos, se Deus quiser.

-“Vossa excelência está destruindo a Justiça desse país e vem
agora dar lição de moral em mim. Saia à rua, ministro Gilmar.
Vossa excelência não está na rua, está na mídia, destruindo a
credibilidade do Judiciário
brasileiro. Vossa excelência, quando se dirige a mim, não está
falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar.

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